A Jornada do Herói: o mentor
- Wanda Velloso
- 20 de ago.
- 2 min de leitura

Há quem trabalhe estreitamente com o destino e chegue no momento certo para dar corpo á tarefa de batizar o caminho. O nosso herói adiado debate-se na própria escusa que levanta a grande crise da negação sobre si próprio e é neste cenário que surge a figura de espanto do mentor.
Encontramo-lo em todos os mitos, contos de fadas e fatos reais. Aparece como um elemento masculino ou feminino, ancião e protetor, sábio experiente e conhecedor das veredas do submundo psíquico e suas perigosidade. Apresenta-se e fornece amuletos, faz perguntas e dá conselhos para a grande peregrinação no mundo de baixo.
Se observarmos todas as histórias de superação, percebemos que nenhum herói se faz sozinho. O amparo é uma regra, não uma opção. Sozinhos andam os que acabam medíocres nas valetas da vida, teimosamente rejeitando o caminho.
O Guia vem a ser este elemento conector entre o herói e as forças divinas, ás quais ele deve chegar e dar testemunho. É a bruxuleante luz da esperança no mundo escuro da psique profunda, tão necessária para quem desce e tão imprescindível para quem sobe.
O herói precipita-se para o labirinto, abrindo os véus do seu mundo interior e sabe que nos bastidores da própria experiência se encontra o seu mentor em perpétua prontidão. E de que precisa um herói? De conselhos e amuletos, que é como quem diz: de conhecimento estratégico e proteção.
Mercúrio, Toth, o próprio Espírito Santo, a Virgem Maria, o Eremita, o Pastor ou a Fada Madrinha, assim se apresentam os mentores dos heróis: Chico Xavier escrevendo livros inspirado e guiado por Emmanuel; é santa Teresa de Ávila confessando-se sob a presença de S. João da Cruz; vemos Yogananda em processo iniciático aos pés de Swami Sri Yukteswar e Platão seguindo a luz erudita de Sócrates. Tal como ladrões arrombando as portas da vida: um ativamente e o outro mapeando os espaços em redor.
O nosso herói inicia assim a sua viagem, já liberto da confusão da primeira crise, levando consigo a certeza de que alguém além de si testemunha a jornada e o impede de padecer sozinho e esquecido no abismo do inconhecido.
(continuação na próxima semana)
Aviso Legal: Todos os Direitos Reservados.
O conteúdo deste blog está protegido pela Lei nº 9.610/98 (Lei de Direitos Autorais). É expressamente proibida a cópia, reprodução, distribuição ou qualquer forma de uso, seja parcial ou integral, sem a autorização prévia e expressa do autor. A utilização do material deve ser acompanhada da devida citação da autoria e do link direto para a página original. A violação destes direitos está sujeita às penalidades previstas em lei.
Comentários